As Oficinas Práticas criam um espaço temporário de introdução e aprendizagem sobre artes tradicionais de trabalho com fibras vegetais. Mestres de diferentes pontos do país partilham os seus conhecimentos sobre apanha, transformação e produção de utensílios com os materiais da paisagem local: verga, bunho, cana, palma ou esparto.
Cada participante tem a oportunidade de realizar a sua peça com acompanhamento de um(a) mestre artesão(a).

As inscrições são gratuitas.

1-2 Junho
Odemira, CRIAR
O esparto cru (ESGOTADA)

Artesão

Vitória Pacheco
Bruno Constâncio

Técnica

Entrelaçado e costura

Material

Esparto (Stipa tenacissima)
1 Junho9h30 - 17h30
2 Junho9h30 - 12h30

O esparto é uma fibra vegetal rígida. Esta oficina propõe conhecer melhor o esparto enquanto material útil e durável, através das técnicas e das suas aplicações. Explorando assim as suas potencialidades expressivas e criativas.
A primeira parte da oficina consiste em agrupar a fibra em ramais ou 9 molhes para ser entrelaçados e formar uma tira de cerca de 1 metro. Esta tira é depois cosida para construir um objecto original.
O segundo dia de oficina (domingo) será dedicado à paisagem onde cresce o esparto e a aprender sobre a colheita e preparação da matéria-prima.

Oficina promovida pela DGARTES / Programa Nacional Saber Fazer.

Não é necessário ter experiência prévia.
Esta oficina é gratuita e tem a duração de 10h, distribuídas por 2 dias.
8-9 Junho
São Luís (CORE)
Empalhar um banco (ESGOTADA)

Artesão

José Domingos

Técnica

Empalhamento

Material

Bunho (Scirpus lacustris)
8 Junho9h30 - 17h30
9 Junho9h30 - 12h30

O bunho cresce nas zonas alagadas e é um material quase perfeito: purifica as águas onde habita, acolhe a nidificação de aves, é muito leve e suave ao toque, para além de ser um óptimo isolante térmico e acústico. Para ser trabalhado, não necessita mais que um par de semanas ao sol. O empalhamento de cadeiras e bancos é uma arte ancestral presente em todo o território ibérico. É uma técnica simples e acessível, com múltiplas variantes, que proporciona liberdade criativa mesmo para os iniciantes. Nesta oficina vamos empalhar um banco que cada aprendiz levará para utilizar não apenas como um assento, mas também como um símbolo de aprendizado e da continuidade da arte.

Não é necessário ter experiência prévia.
Esta oficina é gratuita e tem a duração de 10h, distribuídas por 2 dias.
Uma «mancheia» de bunho

Artesão

Manuel Ferreira

Técnica

Entrelaçados

Material

Bunho (Scirpus lacustris)
8 Junho9h30 - 17h30
9 Junho9h30 - 12h30

O bunho cresce nas zonas alagadas e é um material quase perfeito: limpa as águas onde habita, acolhe a nidificação de aves, é muito leve e suave ao toque, para além de ser um óptimo isolante térmico e acústico. Para ser trabalhado, não necessita mais que um par de semanas ao sol. O mobiliário de bunho é uma arte que ainda persiste no centro de Portugal. Não se conhece a sua origem mas sabe-se que os modelos feitos pelos artesãos desta região é idêntico aos feitos por artesãos no México. No momento há apenas dois artesãos do bunho mas recentemente começaram a receber aprendizes.
 Nesta oficina vamos aprender sobre o material e experimentar várias técnicas, da produção de esteiras ao entrelaçado. Com uma agulha própria para trabalhar o bunho, vamos fazer uma “almofada” (usada antigamente como assento nos espetáculos públicos).

Não é necessário ter experiência prévia.
Esta oficina é gratuita e tem a duração de 10h, distribuídas por 2 dias.
15-16 Junho
São Martinho das Amoreiras
O cesto de vime

Artesão

Manuel Albino

Técnica

Cestaria

Material

Vime
15 Junho9h30 - 17h30
16 Junho9h30 - 12h30

O vime é das fibras vegetais mais utilizadas na cestaria tradicional na europa. É leve, flexível e muito duradouro. Com ele fazem-se os mais variados objectos, desde cestos a mobiliário. Nesta oficina vamos fazer um clássico cesto com asa.

Não é necessário ter experiência prévia.
Esta oficina é gratuita e tem a duração de 10h, distribuídas por 2 dias.
O cesto de vime (estilo açoriano)

Artesão

Alcídio Andrade

Técnica

Cestaria

Material

Vime
15 Junho9h30 - 17h30
16 Junho9h30 - 12h30

Os cesteiros da ilha de São Miguel no Açores têm um modo sofisticado de criar os seus cestos: trabalham com as mãos e com os pés ao mesmo tempo. Deste modo conseguem dar forma aos seus cestos sem usar moldes e outras ferramentas normalmente usadas na produção de cestaria de vime. A cestaria de vime dos Açores é ainda rica em modelos originais de grande beleza, como é o caso dos trevos e lancheiras tradicionais. Nesta oficina vamos usar o corpo e aprender estas técnicas para fazer um cesto com asa.

Não é necessário ter experiência prévia.
Esta oficina é gratuita e tem a duração de 10h, distribuídas por 2 dias.
22-23 Junho
Sabóia (Moagem)
O cesto de Cana

Artesão

Domingos Vaz

Técnica

Cestaria

Material

Cana Comum
22 Junho9h30 - 17h30
23 Junho9h30 - 12h30

A cestaria de cana, tradicional no sul de Portugal, produz utensílios amplamente usados nos trabalhos da terra e do mar. A cana é abundante, muito resistente, mas difícil de trabalhar. A sua leveza, flexibilidade e durabilidade inspirou a criação de artefactos que vão dos cestos, aos brinquedos e instrumentos musicais.
Nesta oficina vamos aprender sobre o material, a diversidade de objectos que se podem produzir com cana e fazer um cesto com tampa — uma peça icónica e imortalizada pela actriz Jane Birkin.


Não é necessário ter experiência prévia.
Esta oficina é gratuita e tem a duração de 10h, distribuídas por 2 dias.
Empreitada de palma

Artesão

Sónia Mendez

Técnica

Entrelaçado

Material

Palmeira-anã
22 Junho9h30 - 17h30
23 Junho9h30 - 12h30

A empreita de palma é uma arte centenária do Algarve. Esta arte faz uso de uma planta autóctone (a palmeira anã) para produzir utensílios do dia-a-dia e destaca-se pelas suas infinitas possibilidades. Primeiro aprende-se a entrelaçar uma tira de palma com várias técnicas e depois cose-se a tira em espiral para fazer bolsas, capachos ou o que a imaginação e a prática permitirem. Nesta oficina vamos aprender a entrelaçar e coser a palma, e fazer uma alcofa.

Não é necessário ter experiência prévia.
Esta oficina é gratuita e tem a duração de 10h, distribuídas por 2 dias.